acasadana

quinta-feira, janeiro 29, 2009

«Quando morre um espírito, ele torna-se Homem. Quando morre um Homem, ele torna-se espírito. Livre morte do espírito, livre morte do Homem.»
Novalis


«A Natureza é, simultaneamente, um animal infinito, uma planta infinita e uma pedra infinita. As suas funções sob tripla forma. Do seu comer, que é triplo resultam os reinos naturais. São as imagens dos seus sonhos...»
Novalis

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Princípio. Só podemos tornar-nos no caso de já sermos. (Novalis)





















Colagem+RX+Arame s/madeira, 230 x 1270 mm, 1997

Prisão domiciliária vs quarentena

RX+Madeira s/janela, 500 x 780 mm, 1997
Estou em casa, acamada,
à espera da facada, há 39 dias, exceptuando os 2 que estive no hospital internada...
Molde de Latex pregado s/madeira, 950 x 1000 mm, 1997

terça-feira, janeiro 27, 2009



«O amor traz a lume as qualidades exaltadas e ocultas de um amante - o que é raro e excepcional nele: nessa medida pode facilmente enganar no que respeita ao que é normal nele.»
Nietzsche



«A recordação é o mais seguro terreno do amor.»
Heinrich citado por Novalis

¿ liberdade ?


«Estamos sós e sem desculpas. (...) o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo o que fizer. (...) o homem está condenado a cada instante a inventar o homem.»
J.-P. Sartre

«Livre não sou, que nem a própria vida
mo consente.
Mas a minha aguerrida
teimosia
É quebrar dia a dia
um grilhão da corrente.»
M. Torga

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Vivemos tempos difíceis. Se lhe desse cor seria um cinzento chumbo, resultante de uma amálgama policromática em que me é impossível distinguir um tom que se destaque. A “economia de casino” que tomou conta dos destinos do mundo desde a queda das ideologias, estilhaçou todos os valores que uma colectividade pode abraçar na busca da felicidade dos seus membros.
Assim, é me muito difícil determinar qual o lugar em que me gostaria de encontrar, neste mundo. Deus morreu, já nos dizia Nietzsche e, antes dele, muito antes, os Deuses todos.
Os Deuses viviam no som da nossa voz, na oralidade dos contos e lendas que se tecem e entretecem em segredos, ditos ao ouvido, repetidos vezes sem conta, sempre de maneira diferente, criando uma malha afectiva e mágica que, em tempos idos, servia de rede de suporte ao colectivo.
Hoje, os Deuses, remetidos ao silêncio, são testemunhas mudas da agonia do tempo em que a nostalgia da tragédia é já uma reminiscência do frémito de viver. Parece-me que, neste nosso tempo, a vida é um lugar distante, dando lugar à sobrevivência. Não sei se não foi sempre assim; primeiro foi o fogo, e lembra-te que foram os Deuses que revelaram o seu poder ao homem, de seguida o ouro, e agora o ouro negro. Sobrevive-se à beira do abismo, dia após dia, noite após noite. Contudo, “quando se olha longamente para um abismo o abismo olha também para nós” (Nietzsche).
E por isso escolhi. Escolhi não olhar para o abismo. Escolhi não me misturar com ele no reflexo do meu olhar. No entanto, o meu olhar é perscrutador e ávido, pode trair-me a qualquer momento, trair as saudades do futuro que não sei se algum dia chegará a ser presente.
E por isso encarreguei-me a mim própria de alimentar o meu olhar. Procuro fazê-lo o mais criteriosamente possível, mantendo a alma viva, muitas vezes a pão e água, lembrando o amigo Séneca (Carta sobre a felicidade / Da vida feliz), para não a fazer tremer ante a sede de qualquer outra coisa que a vida, neste nosso tempo, não tenha para lhe dar.
Mas, às vezes, em que a virtude já se corrompeu, juntamente com a inocência, a poesia é escassa, só mesmo o vinho, de preferência tinto, da colheita Baudelaire, de 1869. Humm…..

«Deve-se estar sempre bêbedo, nada mais conta. Para não sentir o horrível fardo do tempo que esmagou os vossos ombros e nos faz prender para Terra, deveis embeberdar-vos sem tréguas.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude. E se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na erva verde de uma vala, na solidão baça do vosso quarto, acordais, já diminuída ou desaparecida a bebedeira, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que roda, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, a ave, o relógio vos responderão; «são horas de vos embebedardes! Para não serdes os escravos martirizados do tempo, embebedai-vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha.»

Baudelaire, Petits-Poémes en Prose, 1869

"Did you have a good world when you died? Enough to base a movie on?" Jim Morrison

Devia ter tomado a dose letal aos 27...agora, passados 6 anos, estou nas mãos das farmaceuticas.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Os nervos são raízes superiores dos sentidos (Novalis)

Hérnia de disco (3)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Hernia discal)
Hérnia de disco é a projeção da parte central do disco intervertebral (o núcleo pulposo) para além de seus limites normais (a parte externa do disco, o ânulo fibroso). Ocorre geralmente póstero-lateralmente, em virtude da falta de ligamentos que sustentem o disco nessa região.
O disco invertebral é uma placa cartilaginosa que forma uma almofada entre os corpos vertebrais. Após traumatismo, quedas, acidentes automobilísticos, esforços ao se levantar etc, a cartilagem pode ser lesada, comprimindo raízes nervosas. Em qualquer local da coluna pode haver hérnia de disco.

Sintomatologia
Disco lombar:
dor lombar, no quadril e nas coxas, irradiando-se para a panturrilha e o tornozelo;
dor acentuada ao espirrar, levantar peso etc.;
deformidade postural da coluna;
dificuldade para andar e flexionar a coluna.